quarta-feira, 9 de abril de 2008

Doentes de não sei o que.



Você é a moderninha que o tempo esqueceu

Você já passou. Obsoleta

(Te amo por isso)

Nada é seu e também é

Tudo são vozes na sua cabeça

(Por isso também)

O calor da febre

Competindo com o da sopa

Queimando junto com a pele

E minhas infantilidades

Somos dois. Obsoletos.

Dançando leprosos no meio da noite

E você me ama agora

Beijando essa língua dolorida.

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